A exigência para seguir um padrão, um modelo é muito forte. Toda semana tem uma nova “trend”. Não dá para acompanhar todas e você vai ficando fora dos padrões, fora da moda. Colocam regras no seu corpo, cabelo, sobrancelhas e até no formato do seu rosto. Não importa o que você faça, sempre estará faltando alguma coisa e você ficará fora do padrão.
Diante de tanta cobrança social, você encontra “defeitos” no que antes era só um diferencial. A luta para nos encaixarmos nos padrões, nos deixam ansiosos e exaustos. É como se corrêssemos para alcançar o trem, podemos até alcançá-lo, mas ele já chegou na outra estação, pegar o trem agora não faz mais sentido, pois era essa a nossa estação. Gastamos tempo e energia tentando alcançar o inalcançável, nos desgastamos e nos frustramos.
Nessa corrida descompensada nos perdemos no caminho. Perdemos as emoções. Esquecemos as pessoas que caminham conosco. Nessa corrida não sentimos o cheiro que o vento traz quando balança as arvores. Perdemos o balé do beija-flor, a corrida do coelho e o desfile do pavão. Ao focar no que nos falta, perdemos o que temos e pode ter certeza, o que nos falta é insignificante diante do que já temos.
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